16 de fev. de 2009

Bresson ao cubo

O mestre dos mestres, o olhar do século XX. Henri Cartier-Bresson está nas livrarias em "O momento decisivo" - uma biografia precisa sobre sua obra e trajetória nesta vida. Está também em documentário apresentado na semana passada pelo Eurochannel e que vem sendo reprisado várias vezes ao longo da programação. E hoje está nas páginas de jornal... Em matéria do estadão sobre o livro de Pierre Assouline Cartier-Bresson - O Olhar do Século, que sai agora pela L&PM . Bresson, apenas para ser relembrado. Porque é sempre bom relembrar Bresson.
Aqui, a matéria que saiu sobre ele no Estadão.
Aqui, trechos do livro selecionados pelo pessoal da Escola Focus de Fotografia, de São Paulo.
E como não tenho a programação das reprises do documentário deixo apenas uma palhinha:
"Para mim, fotografia é mais a forma do que a luz. A forma predomina. A forma é como um perfume para mim"... diz Bresson em meio às entrevistas do documentário.

Em tempo: eu não sei se dá para crer, mas em dado momento ele conta um pouco da história da foto acima - uma de suas melhores e a que mais me impressiona pelo seu aspecto de sutil surrealismo. Segundo ele, a foto foi feita por uma fenda de uma cerca de madeira. E, pasmem, ele não viu o homem que pulava (!!!!!!!!!!). Apenas encaixou a máquina no buraco da madeira, após ter visualizado as formas existentes naquele terreno, esticou o braço e fez o clique. O que dizer disso???

2 comentários:

Anônimo disse...

O que dele mais recordo, é a sincronia dos olhares. A filosofia do "instante decisivo" que ele denomina "joie physique, danse, temps et espace reunis" funcionou para ele porque lhe veio de dentro e por conseguinte encaixava no seu jeito e no seu modo, mas sem querer retirar-lhe de modo algum valor, neste momento estou talvez mais numa do instante indeciso e crepuscular, em que o fascínio está na luz, nas formas e no horizonte para onde tudo converge e se desfaz. Mas parece-me evidente que para ele "o fascínio estava mais na forma que na luz".

Do Brasil tenho alguns nomes na minha lista de preferências e ainda sonho encontrar aquele livro da Cláudia Andujar com George Love, Amazónia que parece que é como Lisboa Triste e Alegre, já não se encontra em lado nenhum.

Muita sorte para o vosso projecto.

Um abraço.

Anônimo disse...

Ele, como bom marketeiro, deve certamente ter inventado esta história de que não viu a foto. todos sabem inclusive que ela sofreu um bom corte em relação ao original...