
Depois de se concentrar nas fotografias noturnas de São Paulo, ele já iniciou no ano passado, a captação das imagens em outras capitais luminosas... como Paris, é claro (abaixo).
Além de inteferir diretamente nas cores captadas na cidade, com filtros para o seu holofote, lanternas e outros meios de exposição, o fotógrafo também se permite brincar com as cores no processo de impressão. A fotografia Polaroid, onde as cores surgem com uma saturação diferente do processo fotográfico convencional, passa por um scanner, e é então impressa em papel a base de algodão neutro, com tinta mineral que garante alta durabilidade.
No texto de abertura da série “Noturnos - São Paulo”, publicado em livro da editora Bookmark, o fotógrafo revela que todos os lugares fotografados foram escolhidos por suas possibilidades, independentemente da região, e sem obrigação nenhuma.
"Por opção, minhas fotos são silenciosas como a noite tende a ser. Não porque não há pessoas nelas, e sim porque a vida e a inquietação da cidade estão implícitas no cenário", disse.Antes de "Noturnos" , Cássio já havia se destacado, recebendo os mais variados prêmios e homenagens, por seus trabalhos com fotografias aéreas e panorâmicas, incluídas neste post. Em todas elas, estão presentes os recursos geométricos da urbanicidade que transformam locais em objetos, como no caso das linhas de trem que passam a ser um tear (ao lado).
O crítico e pesquisador de fotografia, Rubens Fernandes Júnior, bem o definiu como sendo : "minimalista e poético". Incluiria por minha conta e risco: sereno e melancólico.
Simplesmente encantador
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