
Ela seguiu cedo a carreira de artista plástica do pai, tornando-se pintora, gravadora e depois fotógrafa exímia de formas e cotidianos de São Paulo, cidade em que se instalou desde 1935.

Entre as imagens captadas especialmente na década de 50, o estilo de Brill sugere algo de Levi Strauss ou de Lewis Hine. A denúncia de que o tempo estava parado para algumas classes sociais havia pelo menos 100 anos pode ser vista na imagem acima, tirada na Bahia em 1953, mas que poderia ter sido feita em 1853.
Hoje sua coleção com 14 mil negativos se encontra com o Instituto Moreira Salles, que realizou mostra com parte das obras no ano passado.

Ela foi também foi uma das fundadoras do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), do Clube dos Artistas e Amigos da Arte de São Paulo, da Associação Brasileira de Pesquisadores em Arte. Formada em Filosofia Pura pela PUC/SP em 1975, fez mestrado e doutorado em Estética na USP.

A tese de doutorado "Viagens Imaginárias - transformação de uma técnica milenar em linguagem contemporânea", sobre o batik, permanece inédita.
Hoje, a artista continua pintando - a obra ao lado é do início dos 2000 - e fotografando com uma pequena câmera compacta, ainda com filme. O olhar atento busca em praças da capital paulistana o modo de viver da população em um outro mundo tão diferente e ao mesmo tempo tão próximo daquele de seu longínquo passado.

Para quem ainda quer conhecer mais desta pessoinha rara, vale dar uma olhada em "Da Arte e da Linguagem", com rico material crítico e filosófico escrito por Alice. Ela demonstra-se uma ensaísta de estética versátil para contrapor linguagem e cultura com relação às obras de arte, sociedade e história.
Uma aula de vida dedicada à arte
e a pensar a arte.
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