
Sua força criativa, desnaturalizando a fotografia, provocou rupturas entre seus contemporâneos, nas décadas de 40 e 50, e até hoje provoca desconcertantes comentários do público visitante da exposição que está em cartaz em São Paulo, com parte do acervo da Pinacoteca e do Sesc São Paulo.

Geometrias compostas a partir da arquitetura urbana, ou mesmo com sanduíches de negativos feitos diante do ampliador, fizeram com que ele trouxesse para o ramo fotográfico a aproximação com as artes plásticas, instituindo uma nova gama de possibilidades para o olhar.

Junto com José Oitica Filho - talvez o mais revolucionário de sua época - e também com Thomaz Farkas, Geraldo de Barros compõe o leque de fotógrafos brasileiros que quebrou o paradigma da modernidade, aproximando as imagens construtivas dos movimentos concretistas e neoconcretistas.
Para melhor defini-lo, deixo as palavras à historiadora Heloisa Espada, curadora da Exposição e autora de tese de mestrado na USP, sobre a produção de Geraldo de Barros:
"É simplista usar a frade feita de que o artista tirava a geometria do cotidiano nos enquadramentos da máquina fotográfica para criar no terreno da abstração. Pintor, gravador e designer, produzia em diversos campos e todos vão se inter relacionando"

Exposição: Fotoformas e Suas Margens
Centro Universitário Maria Antônia
De terça a sexta, das 12 às 21 horas
Sábado e domingo, das 10 às 18 horas
Até dia 1 de junho
Tel: (11) 32557182
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