
Belos recortes, detalhes do cotidiano do bairro que convidam a dar um passeio por entre os imigrantes neste ano de comemorações do centenário da chegada dos japoneses ao Brasil.
Enfim, um legítimo retrato do espírito do Japão em terra estrangeira.
O segundo livro que me chamou a atenção foi do Marcos Piffer, sobre a cultura do café.

Já o terceiro livro, 8x Fotografia, que acabo de terminar, é uma daquelas raras e bem vindas publicações a respeito do tema.
Organizado por Lorenzo Mammì e Lilia Moritz Schwarz, o livro traz textos de professores, críticos, fotógrafos profissionais, ensaístas e até do poeta Antônio Cícero, organizados a partir de um seminário realizado em 2004 em São Paulo, no qual foram propostos aos convidados discorrer sobre uma fotografia de sua escolha.

No caso deste último, Eugênio Bucci comenta um instante no passado em que estão à espera de fisgar um peixe, ele próprio, o pai, o irmão e o primo, sentados em uma canoa. Bucci discorre sobre o significado para ele desta imagem que permanece como linha do tempo a uni-lo ao passado.
Me lembrei de Rosangela Rennó, dizendo que não tinha esta relaçã com as imagens do seu próprio passado. Acho difícil este distanciamento com as fotos que contam a nossa trajetória de vida.
E se uma coisa leva a outra, e já que estamos falando de livros, fiquemos com Susan Sontag, em "Sobre fotografia": "Uma foto não é apenas uma imagem, uma interpretação do real; é também um vestígio, algo diretamente decalcado do real, como uma pegada ou uma máscara mortuária".
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