9 de abr. de 2008

DADA

De cara, o site avisa: quem não puder comprar uma passagem para Londres agora, dá para ver a exposição no site da tate gallery . Até o dia 26 de maio, a expressiva galeria de arte contemporânea na capital britânica busca no dadaísmo de Man Ray, Francis Picabia e Marcel Duchamp uma resposta ao desconforto com o conflito armado.

A exposição que traz imagens dos três artistas, não coincidentemente, ocorre no ano em que o Turner Prize, da Tate Gallery, considerado um dos mais importantes prêmios das Artes Plásticas no Reino Unido, foi dado para um protesto contra a participação britânica nas invasões do Iraque e do Afeganistão.

Ok, para quem gosta de artes e por algum motivo teve que sair do planeta nos últimos 80 anos, ou por acaso faltou a uma das principais aulas dadas nos cursos de artes plásticas, aí vai uma palhinha:

O dadaísmo foi uma vanguarda moderna que em sua etmologia siginifica uma onomatopéia prosaica em francês, dita por uma criança, que nada mais é do que "cavalo de brinquedo"! Criado em Zurique em 1916 por um grupo de escritores e artistas plásticos. A idéia da palavra é brincar com o nonsense. Assim como na linguagem de um bebê, na prática o dadaísmo em si não diz nada.

Nas obras de arte, porém, ele simbolizou o caráter anti-racional dos manifestantes contrários à Primeira Guerra Mundial. Nas primeiras décadas do século XX, o movimento tomou de assalto as capitais da cultura de vanguarda (Paris, Barcelona, Berlim e Nova York) e traduz até hoje uma contestação juvenil empenhada de certa ironia e arrojo para, com formas simples, combater o irracional.

Se Man Ray abusou das técnicas fotográficas para perveter a ordem da captação da imagem, e manipulou os negativos e fotogramas de forma a provocar o sistema, Duchamp até hoje tem seu nome no alvo dos críticos por seus trabalhos em que tradu objetos simples em imagens como se fossem obras de arte.
Exemplo claro de Duchamp é o seu urinol, chamado de "fonte", e cujo valor artístico é contestado até hoje. De Man Ray, é bom lembrar sua aproximação do surrealismo, a partir do desenvolvimento da raiografia, ou fotograma, criando imagens abstratas (obtidas sem o auxílio da câmara) mas com a exposição à luz de objetos previamente dispersos sobre o papel fotográfico.

Revoluções...
Tudo o que a gente precisa para inspirar os dias de hoje

Um comentário:

Anônimo disse...

eu estive lá!
e a exposição é simplesmente MARAVILHOSA. adoro o Duchamp, mas saí foi extasiada com as fotografias do Man Ray. Digo fotografias mesmo. As raiografias são ótimas, mas vi retratos que não conhecia de suas mulheres nuas, Duchamp vestido de mulher, making off de obras do Duchamp. E descobri q a fundação do Man Ray vende algumas de suas imagens, entregando no mundo todo. Ainda não consegui escolher uma pra comprar.
Beijos!