16 de fev. de 2008

De olho no Brasil

Vik Muniz

A arte contemporânea brasileira está em alta.

Quem afirma isso são os principais especialistas do setor em reportagens que pipocaram nas últimas semanas na mídia nacional e internacional, por conta da abertura deste ano da tradicional Feira Internacional de Arte de Madri (ARCO), que em 2008 terá sua maior edição em 27 anos de história.
Coincidência feliz: o Brasil é o país homenageado este ano.
Entre os 108 artistas brasileiros que vão expor, figurinhas carimbadas e que já têm seu nome gravado no jet list internacional, como Mário Cravo Neto, e outros novos, como Cabelo, Cao Guimarães e Marepe. Além dos selecionados, várias galerias também fazem mostras paraleslas à homenagem ao Brasil e lá é possível deparar-se com Hélio Oiticica, Cildo Meirelles e Ligia Clark, entre outros.
Entre os selecionados, a maioria deles é representada por galerias do eixo Rio-São Paulo, mas a produção artística vêm também da Bahia, Pará, Pernambuco, Mato Grosso, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas. A curadoria, feita por Paulo Sergio Duarte e Moacir dos Sanjos para o Ministério da Cultura excluiu artistas mortos e os que participariam da mostra por meio de outras galerias, como relata Duarte em matéria publicada pela Revista da Fundação Iberê Camargo.


Nuno Ramos
Victor Arruda
O interessante é perceber que também foram privilegiados os artistas que tem boa saída, que vendem bem. Hoje, o investidor espanhol é um dos que mais aplica seus rendimentos na aquisição de obras de arte (terceiro maior volume de investimentos no país).
E, segundo especialistas, o Brasil desponta como um possível boom, pós-China. Excelente combinação.

Mais que isso, segundo os especialistas, o interesse pelo mercado de arte entre China e Brasil tem uma diferença fundamental. Enquanto no país oriental, há um fenômeno natural de interesse mundial por uma cultura que ficou anos fechada, no caso tupiniquim há uma trajetória sólida, que dialoga com as tendências mundiais desde o movimento concretista da década de 50 e que vem se firmando lá fora mesmo que com preços pagos infinitamente distantes dos valores estratosféricos pagos aos grandes nomes, como Basquiat, ou aos chineses...

No mercado da arte internacional, o Brasil teve suas cotações crescendo 233% entre 2001 e 2007, diz a consultoria Artprice, em matéria publicada pela Revista Bravo.
A expectativa é de que depois da Arco, esta valorização seja ainda maior.

Porém, tenho que me perguntar sempre: Como calcular o valor para uma obra de arte?


Confira aqui os artistas brasileiros na Arco
Mário Cravo Neto

Um comentário:

Pólo de Fotografia disse...

esse link do comentário é que é vírus. Cuidado. não abram.