14 de nov. de 2007

Magnânima


O estudante chinês dá as costas ao público e enfrenta o tanque de guerra na praça de Pequim; o soldado espanhol abre os braços e recebe o tiro fatal em Córdoba; um transeunte francês salta a poça d'água entre geometrias calculadas na ocasionalidade parisiense.
Assim descritas, ess
as três imagens pouco dizem ao público leigo em fotografia, mas revelam-se aos olhos de qualquer um - especialista, profissional ou amador - como sendo um exemplo do que se pode chamar de "a era de ouro" do fotojornalismo mundial. Muitos já viram as cenas, outros tantos as admiraram, as imitaram, fizeram delas sua escola, transformaram-nas em clichês e vários polemizaram sobre os instantâneos eternizados ali.
As três fotos fazem parte da exposição em cartaz na Caixa Cultural no Rio: um catálogo de 50 imagens em preto e branco e coloridas, selecionadas a partir do acervo da lendária Magnum, a agência de fotografias criada por HenriCartier-Bresson, Robert Capa, David ´Chim´ Seymour e George Rodger, em 1947.
Priorizando o flagrante ocorrido no dia-a-dia, na guerra, e nas manifestações populares, ante qualquer outro tipo de imagem dita forjada, manipulada ou "armada", a Magnum contou a história do século XX em mais de um milhão de fotografias.
A exposição, em cartaz até o dia 2 de dezembro, passeia por temas subdivididos em Tradição; Momentos; Retratos; Novas Perspectivas; Fotografia Documental Contemporânea e uma especial "Magnum in Motion".
Organizada como uma cooperativa, a agência permitia aos seus membros liberdade e independência, direito aos negativos, direito à assinatura e direito à edição do próprio ensaio fotográfico.
Nesta seleção, é claro, faltou muito... mas nas paredes pintadas de vermelho, é possível entrar um pouco na mente de cada um desses fotógrafos e ter ali a sensação do que se pretendia a partir de um clic.



Até 02/12 - de terça a domingo
Das 10h às 22h
Gratuito
Caixa Cultural Rio de Janeiro
Avenida Almirante Barroso - 25
Fone: 2544-4080

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