Documento de guerra

Aos 43 anos, Gary Knight, já viu muito em incursões documentaristas na Iugoslávia, Afeganistão, Congo, Iraque, Ruanda e Albânia. Esses cenários de guerras e mazelas sociais não passaram incólumes por suas lentes e estão arquivados na VII Photo Agency, que fundou com outros seis fotógrafos documentaristas no intuito de conscientizar as pessoas sobre as leis de guerra.

Hoje, além de trabalhar para revista Newsweek, também desenvolve programas educacionais voltados para a fotografia e o jornalismo, em vários países, em parceria com universidades e organizações não-governamentais, além de ser curador do Indochina Memorial Foundation e fundador do Angkor Photo Festival.

No próximo dia sete, ele estará no Rio para debater seu impactante trabalho na favela da Maré, junto aos fotógrafos da Agência Imagens do Povo. No local, também realizará uma mostra com parte de seu acervo.

Sua vinda ao Observatório de Favelas se dá devido à proximidade da formação da Escola de Fotógrafos Populares e o trabalho desenvolvido por Gary nos últimos anos em diversos países.
Propondo uma fotografia a serviço dos direitos humanos e coordenada pelo fotógrafo João Roberto Ripper, a Escola de Fotógrafos Populres funciona na Maré, conjunto de favelas do Rio de Janeiro desde 2004, quando teve sua primeira turma formada.